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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Bons Tempos de Boemia



"Quem disser que não sente saudades de algus botecos das antigas que atire a primeira garrafa de cerveja!"

Foi o que eu escutei recentemente durante uma conversa entre amigos em uma mesa de bar (obviamente! hehehe). Estávamos conversando sobre o que acontece com os barecos de Curitiba hoje em dia, que parecem não ter o mesmo "tcham" de antigamente, e nisso vieram as lembranças de muitas casas boas que hoje infelizmente não existem mais na capital paranaense. Certamente isso acontece em qualquer lugar do mundo, mas fico me perguntando o porque da "mesmice" nesses botecos "novos". Será que está faltando criatividade nos proprietários para que os bares tenham atrativos mais diferenciados, formando uma personalidade única da casa? Ou será que é somente falta de interesse mesmo, faltando um pouco mais de "vontade"? Claro que existem muitos lugares bacanas hoje em dia, mas parece que todos eles tem muito em comum, não existindo algo que faça  "aqueeeeeela diferença", digamos. Nesse panorama, cito alguns lugares clássicos que existiram por aqui e suas peculiaridades:

:: Sucatão ::

Situado numa posição privilegiada no Largo da Ordem,  o Sucatão era um boteco muito peculiar. Ele ficava ao lado das Ruínas do São Francisco, na rua Dr. Keller (a mais sossegada) em um imóvel onde outrora existia uma oficina mecânica, tendo o imóvel sido reformado mantendo-se várias características estruturais e decorado em estilo rústico, com várias peças de metal pelas paredes e pelo ambiente. Nos dias de frio, existiam 4 aquecedores de ferro fundido (que completavam a decoração) que eram acesos para tentar amenizar o frio que fazia lá dentro (o mais curioso é que quanto mais frio mais lotado ficava o lugar) e para dar mais charme ao fondue, que só era servido nessas épocas.

O tesão de ir lá era o que eu citei acima: a personalidade do bar, que era muito bem formada por uma boa gerência e pelos atendentes, assim como pelas bebidas e comidas oferecidas. As segundas-feiras a minha presença se fazia obrigatória por lá, porque além do happy hour que ocorria até as 21hs com todos os drinks e destilados com 50% de desconto, assim que o mesmo terminava, uma banda começa um show de aproximadamente uma hora de duração. Se não me engano tocaram 3 ou 4 bandas na casa, mas as melhores e que ficaram mais tempo foram a Stanley Dix (primeira a se apresentar lá, com um puta surf music das antigas e rockabilly) e a The Rockets (rockão das antigas também).

A trajetória do bar, se a memória não falha, teve início em 1995 ou 1996. Durante os 4 primeiros anos a gerência (Márcia) sempre mandou muito bem e a casa era um sucesso. A partir de 2000 a  gerência mudou e a coisa começou a degringolar. Lembro que comecei a frenquentar cada vez menos e na última vez que eu fui lá tive que pagar entrada e couvert, além de quase cair de costas com os preços e ficar muito puto ao comer o famoso Capote (que era um prato onde vinha uma espécie de sanduíche no pão sírio com frango ou mignon, coberto com molho branco e então gratinado) e notar que além de menor estava péssimo. Depois disso só escutei reclamações e mais reclamações de conhecidos sobre o lugar, tendo o mesmo dado o seu último suspiro lá por 2002 ou no máximo 2003.

:: Columbia ::

Para visualizar o card bônus em tamanho maior clique nele.
 
Esse era um boteco muito "da hora", com sua decoração anos 30 e sonzeira blues/jazz/soul/rock dos anos 50. Ele ficava na Al. Cabral, entre a Al. Augusto Stellfeld e a Al. Júlia da Costa, num ponto não tão "usual" para esse tipo de estabelecimento. Acho que por isso que era bacana inclusive, por estar num lugar próximo do "fervo" do centro, mas com cara de bairro.

Ao entrar no Columbia você encontrava um ambiente com uma boa sacada na iluminação, sendo bem iluminado nos pontos necessários e com luminosidade menor nas mesas, criando um ambiente bem agradável para aquela reunião com o os amigos ou aquele encontro bacana entre casais. A casa contava com um piano que era utilizado em apresentações tanto por músicos profissionais em shows quanto por qualquer cliente que quisesse mostrar suas habilidades musicais. Existiam ainda mesas de sinuca oficiais de qualidade excelente (alias, acho que era o melhor lugar pra jogar em que fui até hoje) e por um preço bacana (por hora). As porções eram um ponto alto, da qual se destacava a alcatra ao molho madeira, servida com pedaços de pão.

Para visualizar o card bônus em tamanho maior clique nele.

Eu costumava frequentar a casa de 2 a 3 vezes ao mês, e me espantei quando um dia fui lá e dei com a cara na porta. Infelizmente o boteco teve uma vida relativamente curta (coisa de uns 3 anos no máximo). Se não me engano fechou em 1998, e o motivo até hoje não sei direito.

:: Mississipi Blues ::

Tinha uma proposta parecida com a do Columbia, só que era um pouco mais "decadente", mas ainda assim relativamente agradável. Passou a ser a opção para ir jogar sinuca e escutar um som de qualidade depois que ele fechou, entretanto, passado algo em torno de um ano e pouco também abaixou as portas. O bar tinha um balcão bem bacana, do qual particularmente me recordo por ter agarrado uma peteca enquanto buscava uma cerveja... hehehehe... ;)

:: Rebelion:: 

Esse era um boteco pra ir com os amigos tomar uma cerveja e bater papo. Não tinha muita coisa de "especial", mas sei lá, sempre tocava um som bacana lá e tinha aquele jeitão "rock n roll" saca? Lembro de ter tomado algumas cervejas lá, pois o preço era bacana, assim como o das porções, que nesse caso, eram as coisas mais básicas e clássicas (pelo menos não lembro de nenhuma "especialidade" da casa). Hoje no local existe um Fran's Café (o do Bigorrilho, que alguns acham que é Batel).

:: Sheena ::

Alguns podem falar: "Ei, mas pera aí, o Sheena ainda existe!!!". Pois é, existe sim, mas muita gente não sabe que ele existiu durante muitos anos, fechou e reabriu no mesmo lugar. Ele está aqui nesta lista porque simplesmente voltou diferente. Antes de ter fechado (em 2000 e alguma coisa) ele era, pelo menos na minha concepção, aquele boteco "cult" de Curitiba. O lugar onde estava (alias, está) situado, somado ao edifício e as características internas do lugar davam um ar de que quem frequentava ali ou era artista, ou era um perdido, ou era estranho, ou era tudo isso junto! Também era o tipo do lugar que se você passasse na frente de carro simplesmente por passar não notaria e, mesmo andando na calçada e olhasse pra ele, pensaria bem antes de entrar.

Geralmente para ir lá tinha que ter paciência, pois o lugar era pequeno e sempre com fila na porta. Conseguindo-se entrar, subia-se por uma pequena escada que dava acesso ao bar, deixando-o uns 2 metros acima da rua, onde poucas mesas ficavam privilegiadas nas janelas (umas 4) e mais umas 6 mesas  e um balcão completavam o resto do ambiente, que tinha uma iluminação meio fraca em relação a área do balcão e do caixa. A especialidade lá eram os quibinhos, que vinham em porções de dúzia com pedaços de limão.

A casa funcionou durantes muitos anos antes de fechar, ficando assim por pelo menos uns 6 anos. Ao saber da volta, fui lá, só que me decepcionei. Não tinha fila na entrada e dentro, apesar da clássica escadinha, estava tudo diferente. Se fosse só isso não teria problemas, o foda é que ficamos uma meia hora lá e não conseguimos pedir uma bendita cerveja. Muito desorganizado, tanto no atendimento quanto na arrumação da mesas. Dá a impressão de que dobrou a quantidade de mesas num espaço que não teria como ser feito isso. Ou seja, permanece para mim como um lugar que já fechou, e que mantenho somente boas lembranças.

                                                                                                                                                  

Bom, eu poderia ainda falar mais sobre vários outros lugares que foram muito bacanas, mas acho que vou deixar para um próximo post. Ainda me lembro do Dracar, do Boca de Sino, do Porko Jones, do Bar Resteau, do Dolores Nervosa, do Korova (esse fechou tem pouco mais de dois anos), do Bronx... E você, tem lembranças e/ou mais detalhes desses (e de outros) lugares? Sim ? Compartilhe ! =)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Nirvana x MindMasters



Para quem não sabe eu tenho um a banda, chamada MindMasters. Apesar de ser um hobby sério e termos um bom nível, não somos profissionais (coisa alias que todos os integrantes gostariam, mas infelizmente uma banda com o nosso tipo de som - metal -  não faz muito sucesso no Brasil).

Bom, mas enfim, fiz essa montagem acima já tem alguns meses e, fuçando no meu HD pra fazer alguns backups, acabei esbarrando com ela de novo. Resolvi então compartilhar esse momento de analogia com um suposto álbum em que a idéia da arte o Nirvana poderia ter copiado da gente (hahahahahahahahahahahahahahahahahhaha!!!).
That's it ! Enjoy ! =P
(clicando na imagem rola uma versão maiorzinha pra enxergar melhor a "arte". hehehehehe)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

The Northern Incident

Um homem isolado e seu cão descobrem os horrores que se escondem nas florestas do norte congelado.

Carros Antigos Clássicos - Você Restauraria? #01


Estava assistindo a um programa no canal History Channel chamado Caçadores De Relíquias quando me deu a idéia deste post. No tal programa 2 caras viajam por diversas cidades dos Estados Unidos procurando por objetos raros diversos para comprar e depois revender. O programa é bacaninha, e num episódio eles estavam num dos famosos "cemitérios de automóveis" que existem por lá. Acho incrível a quantidade de carros bacanas que existem nesses lugares e que estão, na maioria dos casos, apodrecendo no tempo. Entretanto, é possível encontrar ainda vários carros "restauráveis" tanto nesses cemitérios quanto esquecidos em várias garagens dos gringos. Dando uma pesquisada encontrei alguns que realmente me chamaram a atenção e que restaurados ficariam muito bonitos (pena que eu sou pobre e não tenho como ir lá buscar essas relíquias automotivas para poder restaurar. Vontade é que não falta ! hehehe). Aqui em Curitiba vejo muitos carros restaurados bacanas, mas até agora não vi nenhum desses:

:: Packard Ambulance 1953:



A Packard Motor Company foi uma montadora de carros de luxo norte americana, sediada em Detroit, Michigan, que produziu seus modelos entre 1899 e 1958, quando então foi comprada pela Studebaker Corporation, tendo seu nome mudado para Studebaker-Packard, permanecendo assim até 1962, quando foi retirado, ficando então somente Studebaker (coisa que vemos muito por aqui também, vide exemplo recente do Banco Real + Santander).

Pode parecer extremamente podre, mas ainda dá pra restaurar !

Essa aí ainda vem com um "brinde inusitado" dentro !

O que um suposto caixão faz dentro de uma ambulância ?!?!?!





Pois então. Quem quiser restaurar esse carrinho maneiro, pode importar ele lá dos "States", onde está sendo vendido pela bagatela de US$1000 !!! Sim, milão! (Só não me pergunte das outras taxas pra trazer isso pra cá que eu não sei ! hehehe). Particularmente não sei a viabilidade, mas que seria maneiro ter uma inteirona como a da foto abaixo, ah isso seria !



:: Packard Clipper Sedan 1953:

Esse aí está bem mais fácil de restaurar, e por isso, um pouco mais caro. O dono quer a pechincha de US$4950 (e ainda dá pra negociar, segundo ele ! hehehe)































E o meu favorito:

:: Packard Clipper Coupe Deluxe:

Esse aí tá na "capa da gaita", mas restaurado fica o bicho !









Olha só como pode ficar o bichão com uma certa dose de empenho e capricho (e grana, é obvio):




Pra quem se interessou bastante por esses "carrinhos", aqui no Brasil tem quem venda. No site do Clube do Carro Antigo do Brasil tem vários anúncios de carros antigos, e lá tem sim (pelo menos até o dia dessa postagem) um Packard muito bacana pra vender (e o qual o dono quer a bagatela de US$18000 ! - sim, ele tá com o preço em verdinhas).



domingo, 20 de fevereiro de 2011

Botecos e Lugares Bacanas - #1: Barolho (Curitiba)



"Aonde será que eu vou hoje ?" Essa pergunta certamente já surgiu na sua cabeça em algum momento do dia naquela sexta-feira interminável ou sábado enfadonho, não é mesmo? Isso já aconteceu muito comigo também, e o engraçado é que na maioria das vezes acabamos indo nos mesmos lugares de sempre porque simplesmente não temos uma referência legal de outros lugares ou por questão de costume mesmo (e com isso deixando de conhecer lugares interessantes, seus petiscos e bebidas).

Devido a essa falta de referências, decidi abrir esse espaço para alguns "reviews" de lugares onde se pode ir e o que se pode encontrar REALMENTE lá. E essa impressão não é de alguém que foi pela primeira vez ao lugar não (salvo casos específicos... hehehe). Enfim, esse espaço estará aberto a lugares aqui de Curitiba (onde resido) e também a outras cidades (graças a viagens e aos amigos e colaboradores). Então é isso: leia atentamente as nossas dicas no decorrer dos reviews, escolha o boteco que mais lhe agradar e ... divirta-se!
                                                                                                                                                   

Ahh, o Barolho. É um boteco interessante, porém aparenta mais do que realmente é. Se você está procurando por um lugar tranquilo pra tomar uma cerveja ou chopp, comer uns petiscos e bater um papo com os amigos, ainda é uma boa opção. Devido a sua localização, entretanto, é um pouco chato de encontrar uma vaga para estacionar, mas nada também impossível de se conseguir.
O lugar conta com um agradável deck na parte da frente, coberto com um toldo (que pode ser fechado nos lados em dias de chuva), com uma ótima vista para o MON (Museu Oscar Niemeyer, ou o Museu Do Olho). 

O espaço interno é decorado com objetos antigos e dispõe de duas TV's onde infelizmente sempre ficam passando os mesmos DVDs (na maioria das vezes que vou lá está o do Acústico do Capital Inicial) ou uma seleção de músicas que também não varia (por isso aconselho as mesas do deck, onde o som é mais baixo e incomoda menos). Ah sim, as cadeiras. Esse é um ponto que me incomoda lá. Tanto elas quanto as mesas são de madeira, só que são de montar, como aquelas de metal de alguns botecos, o que pode ser meio desconfortável após um certo tempo (já deixei de ficar mais lá justamente por estar "cansado" e desconfortável). 

Os preços das coisas estão meio que "na média" para lugares desse tipo, variando um pouco entre determinados ítens de um lugar para outro. Particularmente o forte deles nesse caso são as porções, que tem um custo beneficio bom. (Ex.:  1 Kg de Frango a Passarinho sai por R$15,00). Já fui muito lá pra comer a Carne de Onça, mas depois que mudaram o Chef, apesar de ainda ser boa, não é mais "extra-fucking-power" como costumava ser. Apesar da especialidade da casa ser o Mignon Azedo (R$20,00), o que realmente mata a pau lá é o Bolinho de Siri (12 unidades por R$20,00).

A sensacional porção de Bolinho de Siri
Olha, já ví até gente que não gosta de frutos do mar comer e gostar. Agora, pra quem realmente não faz a mínima questão nem de experimentar, ainda tem as porções de Pasteizinhos (3 opções, todas com 12 unidades: Camarão a R18,00, Mezzo a Mezzo - 6 Carne e 6 Queijo - a R$12,00 e Carne Seca a R$14,00) e algumas outras porções interessantes, obviamente constando a tradicional porção de Fritas (que é bem "arregada", a R$10,00). Em relação aos pastéis, acho todos bem gostosos, apesar de meio caros, considerando o tamanho e a quantidade (Outros botecos, como o Roxinho - a ser comentado nos próximos reviews - tem uma porção maior e mais gorda pelo mesmo preço). Há ainda alguns sanduiches e alguns pratos (já comi, mas ainda prefiro sempre beliscar algumas porções).

Pra fechar, o atendimento: É um pouco variável, dependendo da escala de trabalho dos atendentes. Mas num geral é bom, porque eles sempre estão andando por todo o ambiente, então se por acaso algum não ver a sua mão estendida com uma garrafa vazia de cerveja, nada que um clássico chamado do tipo "Ô, AMIGO!" (e suas respectivas variantes) não resolva.

Avaliação:

Ambiente: Bom, mas poderia ser mais confortável.
Comida: Boas num geral e com bons preços.
Bebidas: Valores dentro da média (Nota: Refris a preços justos).
Estacionamento: Não tem. Vagas na rua meio difíceis mas não impossíveis.
Preço: R$15 a R$35 por cabeça (Dica: não cobram 10%).

# Classificação:

Bacana. Boa pedida praquele happy hour. Simples e direto.


"Ficha Técnica":

Endereço: Rua Manoel Eufrásio, 1362 - Centro Cívico / Ahú.
Telefones: (41) 3253-0045.
Funcionamento: Seg. a Sab das 11h as 2h. Dom. das 17h a 1h.
Formas de Pgto: Dinheiro, Visa, Master, Diners, Hipercard, Maestro, RedeShop, Visa Eletron, Ticket Restaurante e Vale Refeição.

Edit: Em visita ao Barolho em 14/08/2011 encontramos um ambiente um pouco diferente. O lugar decaiu um pouco e as porções infelizmente não estavam mais as mesmas. A batatinha frita estava com um gosto de azeite meio velho e o bolinho de siri estava totalmente sem sabor. Não tinham chopp e nem Heineken. Reclamamos e recebemos a desculpa de que as citadas bebidas estavam em falta devido a questões de fornecimento e que as porções seriam verificadas. Vamos aguardar e conferir se voltarão a qualidade de antes em uma próxima visita. Estamos de olho! =D

Edit 2: ****** O estabelecimento decaiu muito e acabou com as atividades. Só está abrindo durante o meio dia para servir um almoço mediano. Uma pena. *******

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

20 Anos Em 2 Minutos


20:20hs. Escuto o velho tio Ozzy, pego ao acaso no meu playlist, entre uma de suas melhores composições. Uma voz que me faz ter certeza de que a música faz parte de forma inseparável da minha existência, em uma ligação entre o passado e o futuro que parece tênue, apesar de todos os anos que estão entre as coisas de que gosto.
Even Flow começa a tocar. A imagem de Eddie Vedder vem a tona juntamente com uma sensação de inicio de 1991, quando Kurt Cobain mudava a forma da música com o Nirvana (vindo na cola vários "amigos", como Alice In Chains, Soundgarden, Pearl Jam e Stone Temple Pilots, etc). Já se passaram 20 anos e fico imaginando quando ocorrerá outro fenômeno musical parecido. Na verdade, aguardo ansioso e rezo por isso.

Olho para a direita e vejo a TV. Os Simpsons começa a passar. Even Flow se mistura as cenas da abertura e a segunda parte da música se funde com Homer entrando desesperado dentro de casa. 
Os anos 90 voltam a minha cabeça juntamente com o pensamento de que Os Simpsons de hoje não tem nada a ver com o bom humor sarcástico e as boas tiradas que costumavam existir. Parece ter perdido a essência da sua alma nos últimos anos, salvo alguns episódios... e eu continuo vivo, parafraseando a trilha do playlist ainda com o Sr. Vedder. O "desenho" começa e percebo que é uma reprise do começo da série. Coincidência mesmo ?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Abdução


Ele acorda assustado, gritando no meio da noite. Nem liga as luzes. Ela acorda preocupada e pergunta pro marido o que aconteceu. Ele, ainda tremendo, responde:

--- "Tive aquele sonho de novo meu amor. Aquele sonho terrível, onde sobrevivemos ao acidente aéreo. Só que dessa vez o sonho não parou por aí. Saímos dos destroços e logo em seguida ELES apareceram. Criaturas esquisitas, com suas naves mais esquisitas ainda, nos perseguindo. ELES nos capturaram, coisa que foi muito fácil devido aos nossos ferimentos. Nos levaram para um lugar estranho, escuro, com luzes muito macabras. Nos deixaram deitados lado a lado, colocaram equipamentos dos mais diferentes tipos em todo nosso corpo. ELES emitiam sons muito bizarros e então começaram a nos cortar com instrumentos dos mais estranhos possíveis. Nós gritávamos, mas eles pareciam não nos ouvir. Ainda demoramos muito para morrer. Pudemos ver eles tirando e mexendo nos nossos órgãos. Terrível ! Terrível, meu amor !!!"
Ela o abraça carinhosamente, faz um afago e diz em um tom muito suave e amoroso:

--- "Querido, não se preocupe... Já disse que esse negócio de humanos não existe ! É tudo mito ! Vamos voltar a dormir, sim ?" E dizendo isso os dois corpos verdes e de aspecto pegajoso se deitam e voltam ao seu sono quase mórbido.

Por: Rodrigo "Razor" Lanzarini.